SEGURANÇA MATERNA: O IMPACTO DAS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM NO MANEJO DA HEMORRAGIA PÓS PARTO
DOI:
https://doi.org/10.56238/II-CIM-025Palavras-chave:
Hemorragia pós-parto, Cuidados de enfermagem, Assistência obstétrica, Mortalidade materna, EmergênciasResumo
Este estudo objetiva analisar a hemorragia pós-parto (HPP) como emergência obstétrica e destacar o papel da enfermagem em seu manejo. A HPP representa uma das principais causas de morte materna globalmente, com 14 milhões de casos anuais e 140 mil óbitos, sendo particularmente prevalente em países em desenvolvimento. Realizou-se uma revisão bibliográfica narrativa em bases como Google Acadêmico, OPAS, Ministério da Saúde e COFEN, utilizando descritores relacionados à HPP e assistência de enfermagem, com publicações entre 2009 e 2022. Os resultados evidenciaram a evolução das diretrizes para HPP, considerando atualmente perda sanguínea ≥1000 mL ou sinais de hipovolemia. Identificaram-se fatores de risco significativos, como histórico prévio de HPP e gestações múltiplas, e a importância da "Regra dos 4Ts" (Tônus, Trauma, Tecido e Trombina) para identificação etiológica. O estudo revelou falhas críticas no manejo materno, incluindo atraso no diagnóstico e monitoramento insuficiente pós-parto. Constatou-se que a assistência de enfermagem é crucial no manejo da HPP, através da avaliação sistemática dos sinais vitais, monitoramento da perda sanguínea e implementação de intervenções como administração de ocitocina, massagem uterina e promoção do aleitamento materno imediato. A Sistematização da Assistência de Enfermagem emerge como metodologia essencial para garantir cuidado individualizado e baseado em evidências, contribuindo significativamente para redução da morbimortalidade materna relacionada à HPP.