DIGESTÃO ANAERÓBIA DE EFLUENTE BRUTO E LODO FLOTADO DE ABATEDOURO DE AVES: AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO A/M E DA INFLUÊNCIA DO TEOR DE LODO FLOTADO NA PRODUÇÃO DE BIOGÁS
DOI:
https://doi.org/10.56238/I-CICBA-009Palavras-chave:
Agroindústria, Tratamento de águas residuais, Metano, Digestão anaeróbiaResumo
Os abatedouros de aves são geradores de grandes volumes de efluentes com alto teor de matéria orgânica e lipídios. Entre as alternativas disponíveis para tratamento a digestão anaeróbia proporciona a transformação desses efluentes em biogás. O objetivo desse trabalho foi avaliar a codigestão anaeróbia do lodo fresco do flotador ao efluente bruto de um abatedouro de aves. Os ensaios de codigestão foram desenvolvidos em reatores (500 mL de volume total e 300 mL de volume útil), operados em batelada em condições mesofílicas (30 ± 1 °C), com tempo de incubação de 108 dias. Foi adotado um planejamento experimental do tipo Delineamento Composto Central Rotacional (DCCR), compreendido por um fatorial 2² com quatro ensaios nos níveis +1 e -1, quatro ensaios nos níveis dos pontos axiais (-1,414 e +1,414) e mais uma triplicata no ponto central (0), as variáveis respostas foram: produção acumulada de CH4 (L) e rendimento CH4 (L CH4/g SV adicionado), foram testados cinco níveis de adição de lodo fresco do flotador (v/v) (15,9; 20; 30; 40 e 43,5%) e cinco níveis de relação alimento/microrganismo (A/M) (0,3; 0,5; 1,0; 1,5 e 1,7). Os resultados nos ensaios em batelada não indicaram efeito significativo para as variáveis respostas: rendimento acumulado de CH4 e produção acumulada de CH4. Porem os reatores R1, R10 e R7 demonstraram melhor eficiência na conversão de matéria orgânica em biogás, com rendimentos de 0,83; 0,80 e 0,71 L CH4/g SV adicionado respectivamente para cada reator.