O COMPORTAMENTO SUICIDA NA VIDA DOS ESTUDANTES DE MEDICINA BRASILEIROS
Palavras-chave:
Suicídio, Comportamento suicida, Depressão, UniversitáriosResumo
O suicídio é considerado um problema de saúde pública, visto que, cerca de 90% das pessoas que cometeram suicídio foram diagnosticadas com transtornos depressivos. Diversos estudos sobre saúde mental são realizados como forma de conscientização e de apontamento de vulnerabilidades no estilo de vida da população. O objetivo deste estudo é realizar uma contextualização sobre o suicídio e o comportamento suicida em estudantes da área médica. Como metodologia, foram compilados artigos científicos do SciELO e PubMed catalogados nos últimos anos. Como resultado, observa-se multiplicidade de sintomas afetivos, neurovegetativos, cognitivos, relativos à autovalorização, à vontade e à psicomotricidade. Dentre todos esses sinais e sintomas, se destacam a apatia, anedonia, culpa, distúrbios do sono e alimentares, sentimento de impotência e insuficiência, baixa autoestima, déficit de atenção e idealização suicida. Nesse caso, os sintomas se concentram na ansiedade e angústia desencadeando nervosismo, tensão, desespero e insônia. Visando os estudantes de medicina na carga emocional e acadêmica experienciada (privação do sono, alta carga horária, competitividade e pressão psicológica), conota-se uma maior tendência de desenvolvimento de transtornos psicológicos. Em uma metanálise brasileira entre os estudantes, dados revelaram a prevalência de 30,6% para depressão, 49,9% para uso problemático de álcool, 51,5% para baixa qualidade do sono e 32,9% para ansiedade. A associação da depressão e ansiedade leva à vulnerabilidade e tentativas de suicídio. Constata-se que toda a realidade vivida dentro da faculdade impacta significativamente na saúde mental dos estudantes. Na Europa, achados revelam que a taxa de suicídio em médicos é de 3-5 vezes maior do que a população geral. Conclui-se, portanto, que mesmo com a queda do suicídio (36% entre 2000 e 2019, OMS), há eventos com estudantes de medicina, com causas que variam entre transtornos depressivo-ansiosos com alto nível de estresse, pressão psicológica, intensidade teórico-prático do curso e mudanças sociais.