ADENOMA TUBULAR: UM RELATO DE CASO

Autores

  • Matheus Amorim Grigorio Autor
  • Luciane Alves de Oliveira Autor
  • Ana Luiza de Oliveira Franco Autor
  • João Vitor Tomasi Basei Autor
  • Amanda Heloise Lacoski Santos Autor
  • Vitória Loureiro Autor
  • Sacha da Silva Faria Autor
  • Luiza Camapum Fernandes Ribeiro Autor
  • Marcelo Anderson Nunes Santos Autor
  • Bruno Schettini de Sá Autor

Palavras-chave:

Pólipos colônicos, Adenoma, Adenocarcinoma

Resumo

RELATO DE CASO: J.P.S, sexo masculino, 52 anos, tabagista 25 anos-maço, nega etilismo. Relata hematoquezia associada a epigastralgia há 1 ano, ao atendimento realizou colonoscopia com os seguintes resultados: Lesão polipóide em cólon sigmóide, multilobulada, friável, de cerca de 2cm, ocupando 70% da luz intestinal, reto normal. Foi evidenciado pólipo colorretal adenomatoso tubular de baixo grau e adenocarcinoma de cólon sigmóide intramucoso bem diferenciado. Diante do quadro clínico e achados dos exames, a conduta escolhida foi cirúrgica, no qual foi realizada a retossigmoidectomia abdominal, visando tratamento definitivo para o adenocarcinoma, diminuindo o risco de possíveis metástases e complicações. Devido a evolução maligna da polipose, a via de escolha foi a aberta, sem intercorrências pós-operatória, obtendo alta 3 dias após o procedimento. DISCUSSÃO: Os pólipos colorretais adenomatosos são protusões da mucosa do cólon e apresentam caráter pré-cancerígeno, considerados lesões precursoras do adenocarcinoma da região. Estes são especificados de acordo com o tamanho e com as características de seu crescimento, sendo definidos em tubular, viloso ou tubuloviloso. A etiologia é influenciada pelo gênero, mais incidente no sexo masculino, bem como pela idade, principalmente acima dos 50 anos, os hábitos de vida também interferem no estabelecimento das lesões, tais como tabagismo, etilismo, obesidade, sedentarismo e genética: antecedentes familiares da mesma patologia ou de câncer colorretal. Os pólipos geralmente são assintomáticos, mas podem desenvolver quadro clínico de epigastralgia, hematoquezia, perda ponderal, melena, diarréia ou constipação, dependendo da gravidade e do bloqueio colônico. A lesão tem significância clínica pela propensão ao câncer colorretal e, portanto, por ampliar a taxa de morbimortalidade dos pacientes em risco. Dessa forma, existe um consenso de triagem para o achado, por meio de colonoscopia, padrão ouro para o diagnóstico de câncer colorretal, que busca rastrear as lesões pré-cancerígenas, prevenindo assim o estabelecimento dos adenocarcinomas colônicos. Destaca-se, portanto, a importância deste exame, pois além de rastrear os pólipos adenomatosos, também é o método de escolha terapêutica, permitindo realizar procedimentos que removam os pólipos adenomatosos antes da progressão para a malignidade. CONCLUSÃO: O caso relatado e as referências abordadas ressaltam a importância dos adenomas colorretais, principalmente pela predisposição dos mesmos ao adenocarcinoma. Destacando a importância da colonoscopia como método de prevenção e da retossigmoidectomia como tratamento definitivo diante da evolução da patologia.

Publicado

2024-09-02